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Crimes virtuais, roubos de celular e venda de combustíveis rendem bilhões às quadrilhas que agem no Brasil.
186 bilhões de reais. Essa é a cifra que as organizações criminosas faturaram em apenas um ano no Brasil com crimes virtuais e furtos de celular. A constatação foi feita por pesquisadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Que analisaram ocorrências do tipo registradas entre julho de 2023 a julho de 2024. Mas crimes virtuais e furtos de celular não são a única, digamos, fonte de renda das quadrilhas que agem no país.
Outro negócio bastante lucrativo para os criminosos são atividades comerciais praticadas de forma ilegal, como comércio paralelo de combustíveis, ouro, cigarro e bebidas que, no período analisado, redeu praticamente R$ 147 bilhões – só os combustíveis e lubrificantes renderam, para se ter uma ideia, 61 bilhões e meio de reais; destaque também para a receita com comércio ilegal de bebidas, com faturamento na casa dos 57 bilhões.
Já o comercio ilegal de cigarro e derivados do tabaco fez as quadrilhas faturarem 15 bilhões de reais no período, cifra equivalente ao que rendeu o tráfico de cocaína. O relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública estimou também as perdas fiscais resultantes dessas práticas criminosas.
A comercialização ilegal de 13 bilhões de litros de combustíveis, para se ter uma ideia, resulta em perdas fiscais de R$ 23 bilhões em um ano. Por causa do mercado ilegal de tabaco, que representa 40% do consumo nacional, cerca de 94,4 bilhões de reais deixaram de entrar nos cofres públicos nos últimos 11 anos. Já no caso da falsificação e do contrabando de bebidas, as perdas tributárias somaram R$ 72 bilhões apenas em 2022.