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Inflação começou 2025 afetando mais as famílias de maior renda.
A inflação começou 2025 afetando mais as famílias de maior renda. De acordo com o Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, embora a alta dos preços tenha desacelerado em janeiro para famílias de todas as classes, ela pesou de forma mais intensa para as famílias de renda alta e média-alta. Oficialmente, o IPCA, que é o indicador do IBGE considerado a inflação oficial do país, avançou 0,16% no primeiro mês do ano, ficando abaixo da taxa de dezembro, que foi de pouco mais de meio por cento. Isso, de modo geral. A análise da Inflação por Faixa de Renda, feita pelo Ipea, revela que a alta inflacionária no mês foi de 0,56% para o segmento de renda alta e de 0,34% para o de renda média-alta.
Já para as famílias com menores rendimentos houve deflação no período, com o indicador que mede a alta dos preços variando -0,17% e menos 0,09%, respectivamente, para as faixas de renda muito baixa e baixa. Em janeiro, a variação de preços dos grupos de alimentos e bebidas e de transportes foram o que mais contribuíram para a inflação.
Lembrando que a alta dos alimentos costuma impactar de maneira mais intensa as famílias mais pobres, que compromete parte significativa do orçamento com esses tipos de produtos. Nesse sentido, os itens que mais contribuíram positivamente para a inflação foram os tubérculos, as carnes, aves e ovos e o café. Em contrapartida, o principal alívio inflacionário para as famílias de menor renda veio da deflação registrada no grupo habitação, puxada principalmente pela queda de 14,2% das tarifas de energia elétrica.