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Preço do algodão cai, cotação do bezerro despenca e falta de armazéns para soja preocupa.
06/04/2021 às 11:16 | Autor: Redação
Depois de subir mais de 30 por cento, em janeiro e fevereiro, o preço do algodão fechou março com queda de cinco por cento. A libra-peso foi vendida, nos últimos dias, a cerca de quatro reais e 80 centavos, informa o Cepea. O mês foi marcado por poucos negócios, uma vez que muitos compradores estão fora do mercado, por dois motivos. Primeiro, os valores estavam maiores do que eles podem pagar. Segundo, o avanço da pandemia, que forçou novas medidas de isolamento, criou muitas dúvidas sobre como ficará, nos próximos dias, a demanda por parte da indústria de tecido, por exemplo. Agora um mercado que está aquecido é o da pecuária de reposição. O preço do bezerro tem batido recorde atrás de recorde, em algumas praças. E superou os três mil reais a cabeça, no indicador Esalq/BM&FBovespa, no Mato Grosso do Sul. Isso porque a demanda é muito maior que a oferta. Sem esquecer que o Brasil vive, desde o fim de 2019, um cenário de seca fora de época, exportações de carne em alta e aumento do abate de fêmeas, para ajudar a atender a demanda. O que reduz a oferta de boiadas e aumenta a procura por bezerros. E, no Mato Grosso, o produtor de soja comemora o aumento da safra e o mercado aquecido. Mas, ainda assim, não consegue dormir sossegado. Muitos deles estão preocupados com a falta de espaço para estocar o grão, já que menos da metade contam com armazéns próprios. Alguns reclamam que o custo é alto, enquanto outros fazem parcerias com fazendeiros vizinhos para a construção dessas estruturas. Em todo o país, o investimento em infraestrutura não acompanhou o crescimento acelerado da safra de grãos. E o Imea calcula que faltam armazéns para guardar quase 100 milhões de toneladas.
Imagem de Jim Black por Pixabay